CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO

Piauí fecha 2021 com maior alta nas vendas do comércio varejista do país

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Por João Henrique Bezerra

Mesmo em meio a um cenário de inflação e juros altos, ainda afetado pela pandemia do novo coronavírus, o volume de vendas do comércio varejista do Piauí superou todas as expectativas e fechou 2021 com uma alta de 9,8%, frente o ano anterior. O dado é da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (09) pelo IBGE, e que aponta ainda o índice piauiense como o maior do país e sete vezes maior que a média nacional, que acumulou crescimento de 1,4%. 

O resultado piauiense foi, inclusive, o único que registrou alta entre os estados do Nordeste. Paraíba, Sergipe e Ceará acumularam as maiores quedas na região, -4%; -3,8% e -3,3%, respectivamente. Conforme levantamento, quatro das oito atividades analisadas tiveram alta de um ano para o outro. Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (2,4%), Móveis e eletrodomésticos (0,4%) e Tecidos, vestuário e calçados (0,4%).

Piauí fecha 2021 com maior alta nas vendas do comércio varejista do país (Foto: Meio Norte)

De acordo com o IBGE, as vendas do varejo, representado pelo comércio e reparação de veículos automotores, acumulam cerca de 15,1% das atividades econômicas do Estado. Em 2019, por exemplo, último ano pesquisado pelo IBGE, o setor movimentou quase R$ 8 bilhões do PIB piauiense. “De modo geral, o volume de vendas no varejo se aproxima do patamar pré-pandemia, sendo que alguns setores já se encontram bem acima, como é o caso dos Artigos Farmacêuticos” disse Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

Sobre o fato do Piauí liderar o crescimento nas vendas ano passado, Cristiano credita o resultado ao setor de hiper e supermercados  que alavancou e avançou bastante no estado, ano passado. “Percebemos que no Piauí os resultados foram bem positivos, sobretudo no setor de hipermercados, pela expansão bastante intensa de grandes redes locais. Isso explica essa liderança no ordenamento dos estados no ano de 2021 para o Piauí”, acrescentou o pesquisador do IBGE.

Já para quem de fato faz e movimenta o setor, os números do IBGE apenas corroboram com o último levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que verificou um aumento na confiança dos consumidores e empresários, principalmente a partir dos últimos quatro meses do ano passado. “Acreditamos que a liberação do auxílio de pela União e a retomada da economia por políticas públicas seguras têm ajudado o comércio a se reaquecer”, destacou Dênis Cavalcante, presidente em exercício da Fecomércio Piauí. 

Piauí fecha 2021 com maior alta nas vendas do comércio varejista do país (Foto: Meio Norte)

Entretanto, mesmo com os bons resultados, para este ano, seguem os desafios apresentados pela inflação e desemprego elevados, bem como aumento dos juros. “A inflação nos últimos meses diminuiu o ganho em volume do comércio e o poder de compra dos consumidores. Outro fator que afeta o consumo é o dólar mais alto, especialmente em setores que têm componentes importados, como móveis, eletrodomésticos e equipamentos de comunicação e escritório, avaliou o analista de mercado, Feliphe Araújo.

No geral, cinco setores fecharam o segundo semestre em queda: Móveis e eletrodomésticos (-19,4%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-9,7%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-8,6%), Combustíveis e lubrificantes (-3,1%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,6%). Destes, quatro fecharam o ano de 2021 com retração: Livros, jornais, revistas e papelaria (-16,9%), Móveis e eletrodomésticos (-7,0%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,6%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,0%).

fonte: IBGE

 

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